portefólio

artistas anónimos
Artistas Anónimos é uma comunidade de pessoas que partilham entre si a sua experiência, força e esperança para resolverem o seu problema comum e ajudarem outros a continuarem a fazer arte de forma motivada, saudável e sustentada. O único requisito para ser membro é o desejo de continuar a fazer arte.
— duração do projeto
2021 > em curso
— local do projeto/parceiros logísticos
Galeria Monumental (Lisboa)
Espaço Q QuadrasSoltas (Porto)
— parceiros de comunicação e imagem
Inês Gil Silva (Sounds Like a Plan Photography)
Filipa Leite Rosa (Framers Studio)
Marco Teixeira (Tripé)
Gonçalo Nuno Souza (Souza Filmes)
— apoios
Cerveja Barona
Curious Monkey (Lisboa)
Bempostinha 22 (Lisboa)
2021 > em curso
— local do projeto/parceiros logísticos
Galeria Monumental (Lisboa)
Espaço Q QuadrasSoltas (Porto)
— parceiros de comunicação e imagem
Inês Gil Silva (Sounds Like a Plan Photography)
Filipa Leite Rosa (Framers Studio)
Marco Teixeira (Tripé)
Gonçalo Nuno Souza (Souza Filmes)
— apoios
Cerveja Barona
Curious Monkey (Lisboa)
Bempostinha 22 (Lisboa)
O desenvolvimento de uma carreira nas artes é um dos desafios mais difíceis de estruturar e descrever. Pelas características desta área profissional, o trabalhador das artes encontra-se dividido entre dois mundos e formas de pensamento. Por um lado, desenvolve métodos de trabalho ligados a uma profissão liberal, flexível, de resposta aberta, de criação livre, com inovação; por outro deve enquadrar a sua prática de trabalho num sistema com instituições, bolsas, ofertas de emprego e mercado da arte. Desta forma, o trabalhador da arte é simultaneamente investigador, educador, criador, empresário, programador, trabalhador independente e por conta de outrem.
Adicionalmente, os eventos ocorridos durante 2020 e 2021 fragilizaram ainda mais o sector cultural. No entanto em paralelo foram surgindo associações, grupos de discussão e novas práticas, com o intuito de dar resposta às dificuldades encontradas. A prática artística pode ser um lugar solitário. Por esse motivo um vez por mês unimos-nos num grupo de apoio mútuo, em particular focado na prática de artes visuais.
Adicionalmente, os eventos ocorridos durante 2020 e 2021 fragilizaram ainda mais o sector cultural. No entanto em paralelo foram surgindo associações, grupos de discussão e novas práticas, com o intuito de dar resposta às dificuldades encontradas. A prática artística pode ser um lugar solitário. Por esse motivo um vez por mês unimos-nos num grupo de apoio mútuo, em particular focado na prática de artes visuais.
— destinatários
Trabalhadores artísticos: artistas plásticos (cerâmica, desenho, pintura, escultura, gravura, design, artesanato, fotografia, vídeo), educadores, curadores ou programadores, de preferência com uma prática localizada parcial ou totalmente na cidade de Lisboa ou Porto.
— equipa





Nicole Sánchez
fotógrafa, artista visual
LISBOA / PORTO
fotógrafa, artista visual
LISBOA / PORTO
Lígia Fernandes
artista visual
LISBOA
artista visual
LISBOA
Bruno Melo
pintor
PORTO
pintor
PORTO
Sílvia Lézico
designer, artista visual
LISBOA
designer, artista visual
LISBOA
Matilde Fernandes
estudante
PORTO
estudante
PORTO








Fotografia: Filipa Leite Rosa (Framers Studio) e Espaço Q QuadraSoltas




Fotografia: Inês Gil Silva (Sounds Like a Plan Photography)

espaço-projeto
mais uno +1 é um estúdio aberto nas Largo Residências que explora a relação entre
um espaço
+ Largo do Intendente
+ artista do mês
+ comunidade
+ tu
— duração do projeto
2021 - 2022
— local do projeto
Largo do Intendente (Lisboa)
— entidades parceiras
LARGO Residências
— artistas
Angela Fellowes (Nov 2021)
Lígia Fernandes (Jan 2022)
Nicole Sánchez (Fev 2022)
mais uno +1 (Mar 2022)
2021 - 2022
— local do projeto
Largo do Intendente (Lisboa)
— entidades parceiras
LARGO Residências
— artistas
Angela Fellowes (Nov 2021)
Lígia Fernandes (Jan 2022)
Nicole Sánchez (Fev 2022)
mais uno +1 (Mar 2022)
O projeto mais uno +1 contempla a definição e gestão de um espaço de exposição partindo da interpretação do exercício curatorial como:
A partir desta perspectiva, a construção do racional, identidade, comunicação e operação do espaço torna-se num ato artístico de criação comum que funciona como um território de reunião e mediação. Para que estas premissas sejam exequíveis, o espaço de exposição adopta a natureza de espaço-projeto. Num espaço-projeto a prática artística é orientada ao processo: comentada, apresentada, considerada, experimentada e co-produzida, procurando formatos colaborativos e/ou participativos e interdisciplinares.
Com ênfase no processo de exploração das diferentes dinâmicas e energias dos atores envolvidos, e considerando que o coletivo composto por únicos (1+1+1+1+…), que por si só é uno também, o espaço-projeto mais uno +1 opera em numa escala relacional e incremental que busca ativar o seu potencial de restauração social e urbana e revitalização artística local um vínculo de cada vez.
(espaço-projeto) = mais uno
mais uno + 1 (ator* A) = uno
mais uno + 1 + 1 (ator* B) = uno
mais uno + 1 + 1 + 1 (ator* C) = uno
* Alguém/algo capaz de causar efeito que pode ser
composto por um ou mais. Exemplos: vizinhos, artistas
residentes, trabalhadores da instituição, estudantes, etc.
- Ato compartilhado que se gera ou é executado por mais de uma pessoa, uma forma de testar hipóteses de relações;
- Ato artístico que estabelece um meio de exploração e de criação de práticas colectivas;
- Ato de espontaneidade premeditada, que prepara e facilita as condições necessárias à ocorrência de encontros e acontecimentos orgânicos através da expressão artística.
A partir desta perspectiva, a construção do racional, identidade, comunicação e operação do espaço torna-se num ato artístico de criação comum que funciona como um território de reunião e mediação. Para que estas premissas sejam exequíveis, o espaço de exposição adopta a natureza de espaço-projeto. Num espaço-projeto a prática artística é orientada ao processo: comentada, apresentada, considerada, experimentada e co-produzida, procurando formatos colaborativos e/ou participativos e interdisciplinares.
Com ênfase no processo de exploração das diferentes dinâmicas e energias dos atores envolvidos, e considerando que o coletivo composto por únicos (1+1+1+1+…), que por si só é uno também, o espaço-projeto mais uno +1 opera em numa escala relacional e incremental que busca ativar o seu potencial de restauração social e urbana e revitalização artística local um vínculo de cada vez.
(espaço-projeto) = mais uno
mais uno + 1 (ator* A) = uno
mais uno + 1 + 1 (ator* B) = uno
mais uno + 1 + 1 + 1 (ator* C) = uno
* Alguém/algo capaz de causar efeito que pode ser
composto por um ou mais. Exemplos: vizinhos, artistas
residentes, trabalhadores da instituição, estudantes, etc.
— projetos
Angela Fellowes
Angela Fellowes
"A Nossa Memória"
Uma coleção de memórias do Largo do Intendente desenhadas em individuais de café.










Lígia Fernandes "avó não me contou"
A avó não me contou sobre a sua infância, sobre como foi nascer e viver em Portugal.
A avó não me contou sobre a sua vida em Angola e Moçambique, nem sobre como teve que regressar.
A avó não me contou que guarda a fotografia do seu primeiro amor no álbum, mas não a mostra a ninguém.
A avó não me contou que fugiu da guerra com o dinheiro que conseguiu esconder dentro da vagina.
A avó não me contou sobre o dia em que deixou de tocar piano.
A avó não me contou nada sobre como o avô se foi embora e a deixou com a minha mãe.
A avó não me contou sobre a prostituição das artistas de cabaret e revista.
A avó não me contou sobre as vítimas negras da independência das ex-Colónias
A avó não me contou que as meninas ricas não podiam ir à escola.
A avó não me contou sobre a sua viagem pelo continente africano.
A avó não me contou sobre o seu trabalho de infância.
A avó não me contou sobre a sua carreira de cançonetista e artista da rádio
A avó não me contou sobre as amantes do avô.
A avó não me contou sobre o trisavô, que era de São Tomé e Príncipe e poderia ter sido traficante de escravos.
A avó não me contou sobre a sua paixão impossível por um homem de outra classe social.
A avó não me contou sobre o bisavô, que era músico de jazz e que só conheceu enquanto este dormia.
A avó não me contou porque mandou a mãe para o colégio interno.
A avó não me contou sobre o 25 de Abril.
A avó não me contou sobre a sua infância no teatro Tivoli.
A avó não me contou sobre esta Lisboa que é feita de tantas camadas.
A avó não me contou que eu fui a primeira mulher da família a nascer em Liberdade.
Isso descobri eu, depois de a ouvir.
Texto: Lígia Fernandes, baseado em depoimentos reais recolhidos com as utentes do centro de dia da N. Sra. dos Anjos entre Maio e Setembro de 2020.
Desde março de 2020 com o despoletar da pandemia de COVID-19, foram encerrados em Portugal a maioria dos espaços comunitários — entre eles o do centro de dia da Nossa Senhora dos Anjos, em Lisboa. Para muitos dos seus utentes as atividades do centro de dia eram os únicos momentos de interação social do seu quotidiano. A pandemia revelou-se especialmente difícil para a geração mais idosa, que se viu confinada em casa, em situações de solidão extrema. Foi neste contexto que recebi um convite urgente do LARGO Residências para desenvolver uma iniciativa artística com os utentes do centro de dia da N. Sra. do a Anjos.
O projeto “retratos de família” fez parte dessa iniciativa. Foi o primeiro que realizei depois da ocorrência da pandemia. Foram várias semanas de recolha das imagens e histórias de vida das diferentes utentes. A recolha consistia em visitas às suas casas e a uma conversa que decorria ao ritmo da viragem das páginas dos seus álbuns de família. Estórias de vida com muitas pausas e recomeços.
Desta iniciativa nasce o projeto a "avó não me contou": uma recolha-em-progresso das histórias e imagens de vida da geração mais antiga de mulheres em diferentes partes do mundo. Re-construo, através do desenho, uma narrativa feminina da história que ficou por escrever. Em Janeiro de 2022, regresso às imagens recolhidas no espaço mais uno +1.
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O projeto “retratos de família” fez parte dessa iniciativa. Foi o primeiro que realizei depois da ocorrência da pandemia. Foram várias semanas de recolha das imagens e histórias de vida das diferentes utentes. A recolha consistia em visitas às suas casas e a uma conversa que decorria ao ritmo da viragem das páginas dos seus álbuns de família. Estórias de vida com muitas pausas e recomeços.
Desta iniciativa nasce o projeto a "avó não me contou": uma recolha-em-progresso das histórias e imagens de vida da geração mais antiga de mulheres em diferentes partes do mundo. Re-construo, através do desenho, uma narrativa feminina da história que ficou por escrever. Em Janeiro de 2022, regresso às imagens recolhidas no espaço mais uno +1.










Fotografia: Nicole Sánchez
Nicole Sánchez
"Estúdio do Bairro"
O mês de Fevereiro no Largo Café Estúdio e no espaço-projecto mais uno +1 é dedicado à fotografia. O projecto "Estúdio do Bairro" de Nicole Sánchez procura capturar a essência da comunidade do Intendente ao reavivar uma tradição que — com o passar do tempo, o aparecimento dos fotomatons, das máquinas digitais compactas e dos smartphones — se tornou extinta.
Os estúdios fotográficos de rua representaram durante décadas um lugar de celebração, de reunião, de ritual, onde pessoas, amigos e famílias se juntavam em ocasiões especiais (e não só), enfeitando-se com o seu vestido mais bonito ou mais brilhantina no cabelo do que era habitual. Ao mesmo tempo, estes estúdios tornavam-se também um local de arquivo: nas suas montras agregavam-se os rostos aperaltados da vizinhança, as fotografias de passe, os retratos de família, ou as imagens do bebé que acabava de nascer. Via-se espelhado cada rosto que construía esse bairro, essa comunidade, essa família extensa.
Ao reconstruir no espaço-projecto mais uno +1 este “estúdio do bairro”, Nicole procura confortar a nostalgia por um lugar de encontro consumido pelo tempo. Durante um mês, os vizinhos poderão de novo colocar a sua melhor gravata, usar o seu verniz mais brilhante, e unirem-se para uma foto. Uma foto que podem levar para casa, emoldurar, e colocar na parede da sala, para relembrar que, afinal, pertencem a algo mais uno. Como uma montra, o Largo Café Estúdio apresenta os resultados do "Estúdio de Bairro" que foi montado em Dezembro de 2021.












Fotografia: Nicole Sánchez


Fotografia: Inês Gil Silva (Sounds Like a Plan Photography)
mais uno +1
"Domingos de Criação"
Em plena ditadura militar no Brasil — e três anos antes do seu fim em Portugal — aconteceram em 1971, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, os “Domingos de Criação”. Pela iniciativa de Frederico Morais, e pela ação e imaginação das centenas de pessoas que se foram reunindo, a cada domingo sucedeu-se um acto de criação, diálogo e celebração colectiva. Esta acção assumiu-se como um verdadeiro rasgo político numa altura em que a liberdade não era uma possibilidade.
Em Março de 2022, no Largo do Intendente, em Lisboa, relembrámos os “Domingos de Criação” no Largo Café Estúdio. Como parte da Cooperativa Cultural LARGO Residências, também aqui foram acontecendo muitos Domingos dedicados à cultura e à arte. Ao longo dos últimos 10 anos, o Café tem pulsado neste LARGO como centro de encontro e diálogo do Bairro Intendente.
Nestas últimas acções do Largo Café Estúdio no Largo do Intendente, convidámos a sua comunidade a criar connosco. Cada Domingo desse mês foi dedicado a uma forma de expressão — palavras, imagens, linhas, movimentos — em homenagem a todas as pessoas, artistas e trocas que por aqui passaram, e os diversos tipos de linguagem utilizados. Assim convidámos todos a despedirem-se do Café Estúdio, agradecer-lhe e dizerem que lhe pertencem, que vive em nós e continuará a perdurar no tempo.
Em simultâneo, no adjacente mais uno +1, acumulámos os afectos e expressões trocados ao longo destes Domingos num projecto de fanzine. A fanzine tornou-se um ateliê aberto, um projecto artístico, um processo participativo e uma exposição arquivo, onde as palavras ditas, as imagens capturadas, as linhas desenhadas e os movimentos realizados foram unidos e imortalizados em cada das suas páginas.


















Fotografia: Nicole Sánchez, LARGO Residências, e Zé Luís C.

histórias vividas e por viver
Atividades para crianças.
— duração do projeto
JUL 2022
— local do projeto
Agrupamento de Escolas do Catujal (Unhos, Lisboa)
— entidades parceiras
Junta de Freguesia de Camarate, Unhos e Apelação
AMRT Transcultural
JUL 2022
— local do projeto
Agrupamento de Escolas do Catujal (Unhos, Lisboa)
— entidades parceiras
Junta de Freguesia de Camarate, Unhos e Apelação
AMRT Transcultural
Este projeto partiu de uma parceria com Junta de Freguesia de Camarate, Unhos e Apelação e a AMRT Transcultural. Esta parceria visa criar e explorar relações contínuas entre o bairro de Quinta da Fonte e uma comunidade de artistas que trabalham a arte social, situada e participativa. Quinta da Fonte: bairro caloroso bordado a amarelo e banhado de casas. Bairro caloroso com muita vida por certo, mas que nem sempre se vê. Assim nos pintaram Quinta da Fonte e assim o vimos nós, quando o visitámos. E assim nos pediram, e nós consentimos, para alimentar esse calor.
As entidades parceiras, ao longo de um largo trabalho com o território, identificaram em Quinta da Fonte uma fraca coesão social e ligação entre as diferentes associações locais, manifestando uma necessidade de repensar os atuais modelos de realojamento, comunidade e identidade. Foi com base nesta análise do território e numa vontade de criar oportunidades para artistas desenvolverem trabalho com a comunidade local que iniciámos esta parceria, objetivando, através da organização de projetos de criação artística, desenvolver e partilhar ferramentas para que a própria comunidade continue a desenvolver de uma forma contínua o trabalho catalisado por nós. Visamos explorar artisticamente e, esperançosamente, fortalecer as conexões entre quem pisa o solo quente de Quinta da Fonte: os seus habitantes, os órgãos locais, os artistas, e o próprio território.
A atividade para crianças “Histórias vividas e por viver” foi a primeira iniciativa a nascer desta colaboração: um primeiro contacto para nos ajudar a conhecer as histórias reais ou imaginadas, os sonhos e as vidas das crianças que habitam o caloroso bairro da Quinta da Fonte.
As entidades parceiras, ao longo de um largo trabalho com o território, identificaram em Quinta da Fonte uma fraca coesão social e ligação entre as diferentes associações locais, manifestando uma necessidade de repensar os atuais modelos de realojamento, comunidade e identidade. Foi com base nesta análise do território e numa vontade de criar oportunidades para artistas desenvolverem trabalho com a comunidade local que iniciámos esta parceria, objetivando, através da organização de projetos de criação artística, desenvolver e partilhar ferramentas para que a própria comunidade continue a desenvolver de uma forma contínua o trabalho catalisado por nós. Visamos explorar artisticamente e, esperançosamente, fortalecer as conexões entre quem pisa o solo quente de Quinta da Fonte: os seus habitantes, os órgãos locais, os artistas, e o próprio território.
A atividade para crianças “Histórias vividas e por viver” foi a primeira iniciativa a nascer desta colaboração: um primeiro contacto para nos ajudar a conhecer as histórias reais ou imaginadas, os sonhos e as vidas das crianças que habitam o caloroso bairro da Quinta da Fonte.







— “histórias vividas e por viver”
“Aos sete anos, ou aos oito, não me lembro, eu fui a Marrocos. E numa cidade que já não me lembro como se chama, nós fomos para um hotel que parecia um castelo. E tinha lá um piano. Eu tava a tocar notas a balda porque ainda não sabia tocar. Por isso apetece-me voltar lá agora. Porque agora já sei tocar.”
O passado é recente (se não presente), e as memórias — tão vivas — até arrepiam só de lembrar… Geram gargalhadas, desejos. Ao ir e retornar sem dificuldades, imaginamos um futuro próximo e glorioso, sem receio. Ao contrário dos adultos que, através das histórias (outrora vividas, agora contadas), tocam e revivem nostalgicamente o passado, as crianças vivenciam a suas histórias como um processo de entendimento, de aprendizagem e diversão. Ao recordar e imaginar, navegam as diversas direções do possível e do impossível. Na imaginação cabe tudo!
Este programa de atividades para crianças entre os 6 e 12 anos juntou diferentes propostas multidisciplinares relacionadas com histórias de infância: histórias que nos formam e marcam enquanto adultos, e que são o presente das crianças do agora.
“E depois, quando eu saía para a varanda, não havia quintal, era varanda. Ahm… sempre mexíamos nos vasos das plantas para pôr noutro sítio e limpar... então um dia levantamos um vaso e ele estava cheio de leeeeesssmmmmaaaasss... eu desde esse dia comecei a ter medo das lesmas, porque... porque uma delas subiu para o meu braço... hummm... isssssshhhh...”
O passado é recente (se não presente), e as memórias — tão vivas — até arrepiam só de lembrar… Geram gargalhadas, desejos. Ao ir e retornar sem dificuldades, imaginamos um futuro próximo e glorioso, sem receio. Ao contrário dos adultos que, através das histórias (outrora vividas, agora contadas), tocam e revivem nostalgicamente o passado, as crianças vivenciam a suas histórias como um processo de entendimento, de aprendizagem e diversão. Ao recordar e imaginar, navegam as diversas direções do possível e do impossível. Na imaginação cabe tudo!
Este programa de atividades para crianças entre os 6 e 12 anos juntou diferentes propostas multidisciplinares relacionadas com histórias de infância: histórias que nos formam e marcam enquanto adultos, e que são o presente das crianças do agora.
“E depois, quando eu saía para a varanda, não havia quintal, era varanda. Ahm… sempre mexíamos nos vasos das plantas para pôr noutro sítio e limpar... então um dia levantamos um vaso e ele estava cheio de leeeeesssmmmmaaaasss... eu desde esse dia comecei a ter medo das lesmas, porque... porque uma delas subiu para o meu braço... hummm... isssssshhhh...”
— Atividades
Manu Ribeiro
"Aqui foi contada uma história"
Atividade de desenho e narrativa oral. A atividade foi realizada em pares. Cada duas crianças executaram duas atividades: à vez, uma contou uma história enquanto a outra desenhava essa história. Selecionamos um grupo com crianças mais crescidas para este workshop por potenciar a partilha de sentimentos, propondo o desafio de mostrarem vulnerabilidade emocional com os seus colegas. “Aqui foi contada uma história” foi uma atividade para aprender não apenas a desenhar, criar, imaginar e comunicar, mas também um desafio para se olhar para dentro de si, e abrir-se aos outros.








Alessandra Vilela
"Workshop de aguarela em tecido"
Esta atividade focava-se na pintura com aguarelas em tecido. A Alessandra ensinou a técnica de pintura com aguarelas, e explicou conceitos básicos do sistema das cores. Ao proporcionar uma nova competência técnica, a Alessandra procurou estimular a creatividade das crianças, e explorar liberdade de expressão, permitindo-os encontrar a sua própria voz.







Liz Melchor
"Vamos fazer uma história de macacos!"
Vamos fazer huma história de macacos robot: uma tarde em que cada criança coloriu, ajustou, e adicionou ao contorno de um macaco que foi impresso com uma pen plotter (robot de desenho). O objetivo wea fazer uma animação stop-motion muito curta: cada criança tomou parte numa história coletiva. Esta atividade procurou integrar a diversão infantil dos desenhos-animados, oferecendo uma interação com ferramentas tecnológicas; e mostrar às crianças que, juntos, cada um tem a responsabilidade e autonomia para ser parte de uma história unificada.
Ana André
"Histórias e bonecos de papel"
Na atividade “Histórias e bonecos de papel”, duas histórias foram contadas, e para cada uma delas as crianças foram ensinadas a fazer um boneco de papel ao dobrar e cortar, e a fazer uma camisola para essa figura. Ao moldar a figura, as crianças personalizaram o seu brinquedo: em alguns casos, criaram uma replica de si mesmos, noutros, uma réplica de uma figura tutelária ou heróica.






Carla Luís “Direitos humanos: o que são e o que devem ser?”
Nesta atividade chamada “Direitos humanos: o que são e o que devem ser?”, falámos sobre os Direitos Humanos: os Direitos que temos, e os que devemos ter. As crianças foram convidadas a falar sobre estes aspets e produzir materiais visuais (ao desenhar e escrever) relacionados com o tópico. Os materiais foram pendurados na parede no formato de uma exposição, dando voz à participação das crianças.
Fotografia: Nicole Sánchez e Inês Nêves